domingo, 6 de março de 2011

Meliponicultura

Olá pessoal
Aqui nesta postagem vou descrever como foi o meu primeiro contato com a meliponicultura, antes até mesmo o termo era  desconhecido pra mim, quem dirá o manejo com as abelhas em si....
Bom, mas como ia lhes contar, foi mais ou menos assim:
Dentre as várias coisas pendentes que estavam na lista para serem executadas no sítio, estava a limpeza e organização do galpão, e foi o que fiz. Quando fui jogar foras uns canos e tals que estavam ocupando espaço numa prateleira, percebi que havia umas 4 caixas de abelha, o antigo proprietário do sítio possuia alguns enxames de "mirim", eu nem sabia direito se era caixa de abelha com ferrão ou não, apenas percebi que eram menores. Bom, tratei de ir retirando as tais caixas, que apesar se pequenas eram pesadas pois a espessura da madeira era de assustar, 2 polegadas acredito, enfim fui retirando as tais caixas até que fui retirar a última e tomei um susto devido ao peso excessivo dela. Foi então que percebi que havia um buraco na parede e que começaram a voar uns bichinhos amarelos que pareciam uns "mosquitinhos".
Santa ignorância a minha, as caixas da criação do antigo proprietário ficavam para o lado de dentro do galpão e as abelhas iam e vinham através dos buraquinhos na parede. Deviam estar ali abandonados há anos, afinal ele muito pouco vinha ao sítio nos últimos anos.
Em resumo, comecei a me interessar pelos "mirins", e fui atrás de informação, através da internet, dei uma de curioso mesmo. Pesquisar meliponicultura na internet sem esbarrar no nome Paulo Nogueira Neto é quase impossível, acabei baixando seu livro "A vida e criação de abelhas indígenas sem ferrão".
Um livro que dispensa apresentações no meio de criadores de abelhas nativas, fantástico, detalhado, empolgante, enfim muito bom mesmo, altamente recomendado.
Aos poucos fui entendendo mais sobre a jataí que descobri na caixa lá no sítio, comecei a observar seus hábitos ( é incrível observar as campeiras voltarem com pólen nas corbículas ), seus horários e principalmente sua tranquilidade com relação a presença humana, são realmente muito mansas.
Foi então que me ocorreu que "talvez houvesse  mel " na tal caixa mais pesada. Bom mas eu não tinha noção de como se fazia pra retirar tal mel sem prejudicar os bichinhos, até que num plantão no hospital em Riozinho, estava pesquisando na internet mais informações sobre meliponíneos, e comentei com uma técnica de enfermagem, Ângela, e ela me disse que o irmão dela entendia muito dessas abelhas e que inclusive participava de um projeto da PUC para preservação de abelhas nativas  em extinção, o Projeto Manduri , muito interessante e de onde tirei vários nomes da comunidade local e arredores que tinham o conhecimento que eu buscava.
Marquei então com o Sr Gentil, cujo apelido é "Torto", o tal irmão da Ângela, que prontificou-se a vir até o sítio já no dia seguinte e me ensinar como tirar o mel. Foi uma experiência muito bacana, ele achou que a colméia estava tão forte que além de retirar o mel deveríamos dividi-la, e foi o que fizemos. Muito bacana mesmo fazer uma divisão dessas, ver a realeira, separar os discos de cria, etc..
Enfim este foi o meu primeiro contato de fato com a meliponicultura, e tenho certeza de que será duradouro.















P.S.: Os canos continuam lá no mesmo lugar no galpão!!!

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