quarta-feira, 23 de março de 2011

Passeio ao 50

Ola
Na segunda, 21/03, eu e o Flávio resolvemos ir para o 50 de carreta agrícola, e recolher algumas caixas de suas abelhas que lá estavam. Primeiramente, a aventura começa em andar de carreta agrícola, eu não imaginava que era tão dura a suspensão, nem que fosse tão rústico seu funcionamento. Subimos o 45, muito lentamente por sinal, já que quando se liga a tração ela mal anda( possivelmente alguém caminhando possa ultyrapassa-la). Passamos pela comunidade indígena do 45, e seguimos montanha acima. Muita mata virgem, paisagens incríveis, cabanas escondidas nas encostas,etc.. Pelo caminho, a estrada passa ao lado da casa do prefeito de Riozinho, que escolheu uma das montanhas mais altas e colocou uma casa em bem no topo, a visão é fora do comum.
Seguimos "viagem" após cruzarmos o KM 50, sempre subindo pelas encostas, até que chegamos a uma porteira, muito próxima de onde se inicia a reserva ecológica da Forjasul, e de la avistamos a propriedade do Sr Benedetto, muito linda por sinal, com um açude imenso a mais de 1500 mts de altitude, tb no topo de uma montanha. Lá de cima, avista-se a Lagoa dos Patos ao fundo do horizonte. Após dar uma volta no açude o Flávio me mostrou a entrada de uma colméia de mel de chão, abelhas raríssimas e que pouco se conhece sobre elas.
Começamos então a descer a encosta, em direção a propriedade do Flávio, uma estrada muito ruim, se é que pode-se chamar aquilo de estrada. Muitos jipeiros de trilha teriam maior prazer em vir quebrar seues jipes naquela "via". So com carreta agrícola mesmo, e muito devagar. Muito mato fechado, arroios e pássaros estranhos cantando.
Chegando lá percebemos que haviam invadido a casa do Flávio, provavelmente cortadores de lenha. Nada levaram, apenas usaram sua casinha para dormir. Fomos logo vistoriar as abelhas, que alias eram muitas. Caixas de Apis havia umas 60, de meliponíneos outras tantas.
Encontramos tudo em ordem, nenhuma cixa a menos, os guaraipos trabalhando bem, os saiquis bem ativos, os boca-de-sapo também muito fortes.
Como ainda era cedo, em torno de umas 16 e 30, não dava pra fecharmos as caixas pois perderíamos muitas campeiras, então resolvemos matar tempo, dar umas voltas no mato para mais tarde fecharmos as caixas. Encontramos alguns pinheiros carregados de pinhas, foi então que descobri as características simiescas que o Girlei havia me comentado sobre o Flávio ( "isso sobe em árvore que macaco tem dificuldade!!"). E foi mesmo, ele subiu tão rápido numa araucária que até me assustei, e pra não virar história de pescador até filmei, assim que eu aprender a postar vídeos, o farei. Coletamos uns 70 kg de pinhão derrubando as pinhas inteiras.
Colhemos ainda umas tábuas que ele havia feito com toras caídas no mato, de madeiras nobres como: cortiçeira, canela, louro e cedro.
Então fechamos as caixas, as colocamos na carroçeria da carreta, enquanto isso a temperatura despencou, tínhamos levado casacos mas mesmo assim passamos um frio danado.Iniciamos então a viagem de volta que também é digna de uma trilha de 4x4. Na volta tivemos o entardecer em nossas costas, lindíssimo, com aquela névoa que vem do litoral e sobe a serra.
Foi um passeio muito bacana e valeu a pena. Ao chegar em casa descobri que o Flávio estava na verdade me dando as caixas das abelhas menores, e os guaraipos me venderia por um preco bem camarada.






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